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Especialistas debatem a inovação na educação

A inovação na educação não se faz apenas com tablets e smartphones.

As mudanças dependem de uma construção coletiva, com alunos, professores, direção, pais e a comunidade e envolvem também a saúde, o meio ambiente, a segurança. Esta é uma das conclusões do painel Inovação na Educação, realizado nesta quarta-feira, no Centro de Eventos da FIERGS, dentro da programação da Mostra Sesi Com @ Ciência. A líder de Estratégia de Juventude América Latina na ONG de empreendedorismo social Ashoka e doutora em Sociologia, Helena Singer, destacou que a inovação social é o que a comunidade cria para enfrentar desafios como a desigualdade e degradação socioeconômica “a fim de garantir que todos aprendam com qualidade”, disse ela. Helena explicou que para isso é preciso gestão, currículo (no sentido do desenvolvimento integral e produção de conhecimento), espaço compatível com novas práticas educativas, metodologias e intersetorialidade (com articulação com outros agentes). “As políticas públicas devem existir para capacitar as pessoas para que este ambiente inovador aconteça”, assegurou.

“A inovação é urgente”, ressaltou Pilar Lacerda, especialista em Gestão de Sistemas Educacionais. “Mas para pensar em educação temos que mudar a estrutura carcomida da escola do século XIX”, afirmou. “Porque quando pensamos em matricular os filhos em uma escola, buscamos um modelo como o que nós tivemos e não modelos inovadores?”, questionou ela. “É preciso criar uma escola significativa, que provoque mudanças verdadeiras e vontade nas crianças de frequentá-la. Não adianta termos tablet para os alunos e continuarmos sentando um atrás do outro”, destacou. “Projetos inovadores nasceram das comunidades, são modelos. Mas cada escola é diferente, deve ter sua autonomia e atender suas necessidades”, relatou. Conforme Pilar, a escola não pode ser sozinha, ela deve integrar uma rede para que consiga interagir e fazer seu papel.

Os alunos da Escola Sesi de Ensino Médio de Pelotas Júlia Almeida e Rafael Neves, que estão com projetos expostos na mostra, falaram sobre como é estudar em uma escola do Sesi. “No começo achava estranho porque eu podia usar celular na aula, tinha autonomia para fazer trabalhos usando o que eu quisesse”, disse Rafael. “Esta independência e autonomia, nos fazem crescer”, destacou Júlia.

A Mostra Sesi Com @ Ciência tem como objetivo estimular a ciência, inovação e tecnologia. No total são 150 projetos de alunos do Sesi no Contraturno, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), envolvendo estudantes de 26 cidades gaúchas. Além da exposição de trabalhos, a programação conta com seminários para professores e docentes.

Saiba mais sobre o Sesi Com @ Ciência nas notícias abaixo.

Publicado quarta-feira, 10 de Outubro de 2018 - 0h00

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