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Plataforma de petróleo contribui para aumento das exportações gaúchas

Impulsionadas pela contabilização como exportação da plataforma de petróleo P-75, no valor de US$ 1,3 bilhão, para a subsidiária da Petrobras no Panamá, as vendas externas do Rio Grande do Sul, em agosto, na comparação com o mesmo mês do ano passado, cresceram 67,5% e somaram US$ 2,91 bilhões. A operação também exerceu forte influência no resultado da indústria (+108%, totalizando US$ US$ 2,36 bilhões). “Convém destacar que se a plataforma não fosse incluída, as exportações do setor no Estado teriam sofrido uma redução significativa. Além do impacto ainda sentido em função da greve dos caminhoneiros, a crise na vizinha Argentina nos afeta demais, e nossas vendas ao país vizinho despencaram 18% no mês passado”, alerta o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Gilberto Porcello Petry, ao comentar o resultado da balança comercial, nesta quinta-feira (13).

Se a operação com a plataforma fosse desconsiderada, as exportações do setor secundário teriam caído 6,6% (-US$ 75 milhões, totalizando US$ 1,06 bilhão) em relação a agosto de 2017. Isso faria o total exportado pelo estado ser reduzido em 7,3%. A operação faz parte de um Regime Aduaneiro Especial, o Repetro. Empresas estrangeiras autorizadas pelo governo federal a exercerem atividades de pesquisa e produção na área de petróleo para outras empresas do ramo ganham benefícios na aquisição de equipamentos, partes e peças. Na exportação “ficta”, uma das ferramentas do Repetro, não há a saída da mercadoria do território nacional. No caso da plataforma P-75, a subsidiária da Petrobrás no Panamá realizou a compra do equipamento e posteriormente, realizou um contrato de arrendamento.

Entre as categorias da indústria com maiores quedas no valor exportado, os destaques foram Alimentos (-22%), Máquinas e equipamentos (-27,7%) e Celulose e papel (-36,1%). Os maiores ganhos, por outro lado, estiveram nas exportações de Borracha e plástico (30,4%). Produtos básicos também apresentaram queda em relação ao mesmo período de 2017 (-7,7%), especialmente em razão do recuo dos embarques de soja em grãos (-9,3%).

As importações, por sua vez, aumentaram 5,9%, alcançando US$ 932 milhões no Estado. Todas as categorias de uso subiram, especialmente Bens de Capital (29,5%). A exceção ficou com Combustíveis e Lubrificantes, que despencou 55,4%.

ACUMULADO
De janeiro a agosto, as exportações do Rio Grande do Sul somam US$ 14,87 bilhões, avanço de 27,9% ante o mesmo período de 2017. Na indústria, o crescimento foi de 37,2% (totalizando US$ 11,01 bilhões), resultados também explicados pelas operações com as duas plataformas de petróleo no ano – a outra foi para a Holanda, em fevereiro, no valor de US$ 1,53 bilhão. Desconsiderando as plataformas, o crescimento teria sido mais modesto: 3,6% no total do RS e 1,9% na indústria.

Entre os 25 setores da indústria gaúcha para os quais houve algum embarque no acumulado de 2018, 13 apresentaram crescimento em relação a 2017. Destacam-se Celulose e papel (87,5%) e Tabaco (10%).

Publicado quinta-feira, 13 de Setembro de 2018 - 15h15

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