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O Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) inaugurou nesta quarta-feira (24) a Escola Sesi de Ensino Médio Albino Marques Gomes de Gravataí. O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, lembrou em seu pronunciamento que “a indústria é a sustentação da economia, e a educação o pilar da formação de cidadãos”. Esta é a quarta escola do Sesi, que junta-se a Pelotas, Sapucaia do Sul e Montenegro. A unidade, que está em aula desde fevereiro e conta com 113 alunos, é gratuita para filhos de trabalhadores da indústria e busca formar os jovens para o mundo do trabalho. “Gostaria que os governantes se inspirassem na conjugação de esforços do nosso setor industrial”, disse ele, ressaltando que “unidos chegamos até aqui e podemos continuar juntos em uma nova etapa da história do Brasil. Tenham todos a certeza de qua a Pátria é maior do que os problemas atuais”. 


O secretário de Educação do Estado, que representou o governador José Ivo Sartori comentou das possibilidades de parceria público-privada para a educação. “Não podemos falar em ensino técnico industrial, sem conversar com o Senai, nem em ensino agrícola sem o Senar. Agora, também não podemos falar em evolução do ensino médio, sem lembrar das escolas do Sesi”, ressaltou. O diretor-superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo, destacou a importância do modelo educacional proposto pela instituição, que busca a excelência acadêmica e uma formação voltada para o trabalho. “É um projeto em construção com uma metodologia replicável e que busca ouvir de novo que estudar é bom”, disse. 

O presidente do Conselho Consultivo do Centro de Atividades do Sesi de Gravataí, Gilberto Rossi Gil, agradeceu à FIERGS pela escola. “Espero que alcance tudo o que ela propõe”, enfatizou. O prefeito de Gravataí, Marco Alba, contou que toda a iniciativa na área da educação é bem vinda. “Tentamos não atrapalhar, o que já é uma grande ajuda”, observou ele. 

Com turno estendido, os alunos têm uma matriz curricular dividida da seguinte forma: 30% Código e Linguagens (português, literatura, línguas estrangeiras, artes, educação física), 50% Matemática e Ciências Naturais (química, física e biologia) e 20% Ciências Humanas (história, geografia, sociologia e filosofia).  O prédio tem sete salas de aula, dois laboratórios de ciência, sala de robótica, biblioteca, auditório, refeitório e uma ampla área de convivência. As salas são temáticas para as áreas de linguagens, matemática e ciências humanas, laboratórios para as atividades de ciências da natureza e infraestrutura específica para as aulas de teatro e música. A escola busca o desenvolvimento integral do estudante, que é instigado a resoluções de problemas. O uso de tecnologias e o respeito às culturas juvenis se fazem presentes em todo ambiente escolar.

 A partir do segundo ano, inicia a parceria com o Senai-RS em cursos de qualificação profissional em eletricidade e automação. Outros desafios também serão propostos como os projetos de Educação Financeira, Robótica e Passaporte para o Empreendedorismo. “A intenção da escola é que, ao final do Ensino Médio, o aluno tenha desenvolvido competências de leitura, escrita e resolução de problemas, dominando não só saberes necessários para a excelência acadêmica, mas também para a sua plena inserção no mundo do trabalho”, destaca Colombo.

A primeira escola de ensino médio do Sesi começou a funcionar em 2014, em Pelotas, e já foi reconhecida pelo MEC como uma das 177 instituições de todo o País como exemplo de inovação e criatividade na educação básica. Atualmente, as escolas do Sesi contam com 500 alunos nas quatro unidades.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado quarta-feira, 24 de Maio de 2017 - 15h15