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Debater as tendências e as expectativas do mercado para os próximos anos foi o objetivo do XII Seminário de Telecomunicações, realizado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), por meio do Conselho de Infraestrutura (Coinfra), nesta quinta-feira (13). O encontro reuniu especialistas que trataram sobre como agregar valor para as empresas, a regulamentação dos serviços de estação rádio-base, o futuro do trabalho e a gestão de dados na indústria e na infraestrutura. “A indústria 4.0 não é só um modismo. Ela traz uma série de mudanças e nos faz pensar diferente”, declarou o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry, na abertura do evento.

Petry destacou a evolução constante e veloz da tecnologia nas diferentes áreas, e que vivemos atualmente, na era das startups, o ciclo da informação distribuída. “Um aplicativo pode valer mais do que um parque fabril”, observou. O evento contou também com a participação do coordenador do Coinfra, Ricardo Portella Nunes; e do coordenador do Grupo Temático de Telecomunicações, Carlos Garcia.

Durante a palestra sobre Regulamentação dos serviços de ERBs (Estações Rádio Base), o gerente de Outorga e Licenciamento de Estações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Renato Sales Bizerra de Aguiar, informou que o Brasil possui 235 milhões de celulares ativos, e mais de 30 milhões de acessos à banda larga fixa. “Se antes a energia elétrica tinha papel fundamental no desenvolvimento econômico e social, hoje, ela é acompanhada pela internet, que possibilita qualquer pessoa ter acesso ao mesmo tipo de informação”, disse. Ele lembrou que alguns dos principais desafios neste novo cenário são a racionalização da carga tributária em telecomunicações e a viabilização da Internet das Coisas.
 
Já O Futuro do Trabalho a Luz das Novas Tecnologias da Indústria 4.0 foi debatido pelo superintendente de inovação do Centro de Tecnologia da PUCRS, Jorge Audy; e pelo diretor de inovação e tecnologia da Unisinos, Luis Felipe Maldaner. O representante da PUCRS ressaltou que o futuro do mercado de telecomunicações no Brasil passa necessariamente por uma grande reforma educacional desde a base, com qualificado ensino de matérias como física e matemática e por uma valorização do ensino superior. “O futuro do trabalho é tecnológico, mas apenas 15% da população está nas universidades”, afirmou.
 
Para Maldaner, da Unisinos, vivemos hoje a “quinta onda”, a da  Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), superando a era da indústria automobilística e da produção em massa. Segundo ele, os profissionais e as empresas não precisam apenas se adaptar aos novos tempos no mundo do trabalho, mas também ao perfil do novo consumidor, que não tem mais tanto interesse em aquisições de bens duráveis e consumo imediato. “Há uma maior dissociação entre consumir e possuir. Isso vai mudar o modelo organizacional nas indústrias e nas empresas”, afirmou, citando o caso de pessoas que já preferem vender seus carros para se deslocar utilizando as facilidades dos aplicativos de transporte.

O evento também contou com a palestra do diretor do Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel Celular e Pessoal (Sinditelebrasil), Ricardo Dieckmann, sobre os “Desafios da Ampliação de Infraestrutura e Serviços de Telecomunicações”; e do diretor do Sinosnet, Henrique Elias Pufal, com o tema “Como preparar a infraestrutura para o futuro da internet”.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado quinta-feira, 13 de Setembro de 2018 - 18h18

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