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Exportações gaúchas fecham primeiro trimestre com queda de 5,2%

As exportações do Estado encerraram o primeiro trimestre de 2015 com uma queda de 5,2%, ante o mesmo período do ano passado, e totalizaram US$ 3,1 bilhões. Este resultado foi puxado pelas vendas externas da indústria gaúcha, que registraram um recuo de 8,6% (somando US$ 2,65 bilhões). Trata-se do menor patamar, nessa base de comparação, desde 2010 (quando o setor embarcou US$ 2,61 bilhões). "A indústria exportadora gaúcha ainda sofre em função das dificuldades de competir no mercado internacional e terá que percorrer um longo caminho para retomar uma posição mais importante no mercado internacional", afirmou o coordenador do Conselho de Relações Internacionais e Comércio Exterior e presidente em exercício da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Cezar Müller, ao avaliar a balança comercial.
 
De um total de 24 segmentos do setor fabril, apenas quatro tiveram crescimento, enquanto 19 caíram e um ficou estável. Os principais valores negativos vieram de coque e derivados de petróleo (-92,2%), químicos (-23,8%), máquinas e equipamentos (-17,5%) e couro e calçados (-10,1%). Já os destaques positivos foram de tabaco (40,6%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (25,4%).
 
As vendas externas de produtos básicos (commodities) aumentaram 28,0% nos três primeiros meses do ano (somando US$ 407 milhões), influenciadas pela exportação atípica de trigo no período (US$ 210 milhões). Os envios de milho e soja desaceleraram, respectivamente, 65,7% e 10,6%. 
 
Em relação aos destinos das vendas externas do Estado, os dois principais países compradores reduziram seus pedidos. A Argentina garantiu a liderança (US$ 294,4 milhões), embora a demanda tenha encolhido em 5,7%, adquirindo basicamente veículos automotores. A segunda posição ficou com os Estados Unidos (US$ 252,5 milhões), que diminuíram em 7,8% as encomendas e recebeu basicamente tabaco não-manufaturado. Na sequência veio a China (US$ 201,4 milhões), ao elevar em 0,3% sua solicitação, cujo principal produto foi soja em grão.
 
Ainda referente ao primeiro trimestre, as importações totais caíram 24,8%, totalizando US$ 2,56 bilhões. Trata-se do valor mais baixo para o período desde 2009. Todas as categorias de uso encolheram, principalmente combustíveis e lubrificantes (-50,1%) e bens de consumo (-30,5%). No primeiro caso, há influência da queda da cotação do barril de petróleo no mercado internacional. Já no segundo, pesou a desvalorização cambial e o aumento do IPI sobre os veículos automotores.
 
Quando apenas março é analisado, em relação ao mesmo mês do ano passado, as exportações totais do Rio Grande do Sul mostram elevação de 8,1%, com a indústria subindo 8,9%. Parte desse crescimento pode ser explicada pelo efeito do calendário, uma vez que o carnaval de 2014 ocorreu no terceiro mês do ano, resultando em dois dias úteis a menos na comparação. Os principais destaques positivos vieram de celulose e papel (280%), tabaco (94,9%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (75%).
 
 
Publicado quarta-feira, 15 de Abril de 2015 - 14h14

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