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Exportações gaúchas registram o pior agosto em dez anos

 
As exportações gaúchas somaram US$ 1,59 bilhão em agosto, representando uma queda de 9,2% em comparação com o mesmo período de 2014. Trata-se do nível mais baixo para o mês desde 2006. O resultado foi determinado pela indústria de transformação, que teve retração de 14,7% e respondeu por 67,1% (US$ 1,07 bilhão) de tudo que o Estado vendeu. “Os contratos de exportação ainda não incorporaram a desvalorização mais recente da taxa de câmbio. Esse efeito benéfico, no entanto, é um mero paliativo, diante da fraqueza da demanda externa e do forte aumento dos custos de produção, que resultam na perda de competitividade das nossas mercadorias”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a balança comercial.
 
Praticamente a metade das perdas do setor industrial pode ser explicada pelo recuo de 39,4% dos embarques do segmento de Tabaco. As outras categorias que também apresentaram contribuições negativas relevantes foram Couro e Calçados (-30,1%), Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias (-28,6%), Máquinas e Equipamentos (-14,6%) e Produtos Alimentícios (-7,9%). Por outro lado, os Produtos Básicos (commodities) tiveram leve crescimento (3,3%), determinado pelas vendas externas de soja para a China (4,3%).
 
Em relação aos parceiros comerciais, a China alcançou o primeiro lugar (US$ 515,3 milhões), uma elevação de 4,7%. A segunda posição ficou com os Estados Unidos (US$ 128,1 milhões), que diminuíram em 14,2% as encomendas e receberam principalmente tabaco não manufaturado. Na sequência veio a Argentina (US$ 99,2 milhões), ao reduzir em 17,6% sua solicitação, cujos produtos destaques foram veículos automotores.
 
Ainda em agosto, as importações totais caíram 43,4%, somando US$ 734 milhões – valor mais baixo para o mês desde 2005. Todas as categorias de uso sofreram quedas. A principal delas foi em Combustíveis e Lubrificantes (-61,2%), impactada pelo quadro recessivo e pelos menores preços do petróleo no mercado internacional. A categoria de bens intermediários também sofreu uma forte desaceleração (-51,5%), reflexo da perda de dinamismo da indústria, da falta de perspectiva de uma retomada consistente nos próximos meses e da desvalorização cambial.
 
Acumulado do ano – Nos oito primeiros meses, as exportações totais do Estado encolheram 9,7% (totalizando US$ 11,5 bilhões), com a indústria retraindo 10,7% (US$ 7,86 bilhões). As maiores perdas vieram de Coque e Derivados de Petróleo (-84,9%), Máquinas e Equipamentos (-19,0%) e Produtos Alimentícios (-6,3%).
 
 
 
Publicado quinta-feira, 17 de Setembro de 2015 - 14h14

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