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MDIC lança na FIERGS o Plano Nacional da Cultura Exportadora

 
O Plano Nacional da Cultura Exportadora (PNCE) foi lançado no Estado, nesta quarta-feira (9), na sede da FIERGS. O objetivo é trabalhar inicialmente com 500 empresas gaúchas de pequeno e médio porte para aumentar as vendas dos produtos no mercado externo. Elas terão acesso ao diagnóstico de produtos e serviços, consultoria de inteligência comercial, rodadas de negócios com compradores estrangeiros e participação em missões comerciais. “O Rio Grande do Sul já é o quarto maior exportador do País, mas pode elevar muito suas vendas ao exterior, já que tem uma economia diversificada e setores manufatureiros muito desenvolvidos. Certamente mais empresas podem vender seus produtos ao exterior e, mesmo aquelas que já exportam podem ampliar as vendas”, afirmou o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro Neto.
 
A cerimônia contou ainda com as presenças, do governador José Ivo Sartori, do presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, do secretário de Comércio Exterior do MDIC, Daniel Mateletto Godinho, do presidente da Apex Brasil, David Barioni, e do secretário do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, Fábio de Oliveira Branco.
 
Braço regional do Plano Nacional de Exportações, o PNCE é desenvolvido em cinco etapas: sensibilização, inteligência comercial, adequação de produtos e processos, promoção comercial e comercialização. “A exportação é um dos caminhos para sair da crise. Não é o único, mas é um canal importante. Exportar é contratar demanda externa e gerar empregos internos. O Brasil tem um grande espaço para preencher na área de comércio exterior. Agora, com a desvalorização do real podemos aproveitar mais essa janela de oportunidade”, enfatizou.
 
O PNCE vai trabalhar inicialmente com cerca de 500 empresas gaúchas de micro, pequeno e médio portes, de variados setores econômicos, tais como vinhos, calçados, móveis, frutas, produtos do agronegócio, produtos do segmento metalmecânico, químicos e equipamentos. “A FIERGS e as demais entidades que integram o Comitê Gestor Estadual estarão engajadas na execução desse Plano. Certamente, precisamos discutir os novos desafios do comércio exterior brasileiro em 2016, considerando o cenário de incertezas que vivenciamos”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller. Também serão analisadas as 1.485 empresas que já exportaram em algum momento, mas pararam. No ano passado, 2.905 empresas gaúchas embarcaram seus produtos.
 
Para o presidente da FIERGS, “chegou a hora de acreditarmos que podemos ter mais empresas exportadoras do que importadoras no Brasil. E que podemos voltar a superávits na conta das vendas externas de bens industrializados. Confiamos que será possível ficar entre os 10 maiores países exportadores. Hoje estamos na 25ª posição”, salientou. Destacou ainda que foi perdida uma década de exportações e citou as principais questões que travam o comércio exterior brasileiro, entre elas o excesso de burocracia e os gargalos logísticos e de infraestrutura.
 
No Rio Grande do Sul, o programa conta com o apoio de 13 parceiros nacionais e 12 estaduais – como os ministérios do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC); das Relações Exteriores (MRE); da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI); a FIERGS, AGDI, Banrisul, BRDE, Famurs, Farsul, Fecomércio, Federasul; Governo do Estado;  Sebrae; Apex-Brasil; ABDI; Correios; Banco do Brasil; e Caixa Econômica Federal. As empresas participantes do PNCE contarão com uma cesta de produtos e serviços, voltados para o aumento da competitividade em mercados estrangeiros.
 
Balança comercial – Em 2014, o Estado foi o quarto maior exportador do País e o maior da Região Sul, com US$ 18,6 bilhões, o que representou 8,3% do total de vendas externas brasileiras. Entre janeiro e novembro deste ano, as exportações gaúchas totalizaram U$ 16,4 bilhões e as importações US$ 9,3 bilhões, gerando um superávit no período de mais de US$ 7 bilhões. Os principais destinos foram China, Argentina e Estados Unidos.
 
No ano passado, 52,6% da pauta exportadora do Rio Grande do Sul foi composta por produtos básicos e 46,2% por bens industrializados. Os itens mais exportados no período foram soja, farelo de soja, óleo de soja, tabaco, carne de frango, polímeros plásticos, farelo de soja, couros e peles, carne suína e calçados.
 
 
 
 
 
Publicado quarta-feira, 9 de Dezembro de 2015 - 18h18

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