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Quinhentas empresas concentram 85% das exportações do Brasil

 
O painel Cooperação Empresarial e Oportunidades de Investimentos encerrou o primeiro dia da 18ª Reunião Conjunta do Comitê de Cooperação Econômica Brasil-Japão nesta segunda-feira. Foram tratados temas como os setores de tecnologia da informação, a atual relação comercial entre os dois países e a importância de estimular as exportações nacionais. O vice-presidente da FIERGS, Cezar Müller, mediou o debate e destacou que as exportações são vetores de crescimento para o médio e longo prazo, principalmente em um momento econômico não tão favorável como o vivido atualmente no Brasil. “Somos a sétima economia do mundo, mas ocupamos apenas a 23ª colocação entre os maiores exportadores. Precisamos intensificar o comércio exterior e essa aproximação com o Japão é fundamental”, complementou. 
 
O diretor de negócios da Apex Brasil, André Marcos Favero, abordou a importância de estimular as exportações, pois hoje há 20 mil empresas que vendem para o mercado externo e apenas 500 delas concentram 85% do comércio com outros países. Abordou o Plano Nacional de Exportações anunciado pelo governo federal em junho, que tem o propósito de intensificar as relações já existentes, como é o caso do Japão, e buscar novos parceiros. “Com os japoneses, a ideia é focar nos setores de alimentos e bebidas, casa e construção, e máquinas e equipamentos”, enumerou. 
 
O presidente da Toyota no Brasil, Koji Kondo, informou que “sugerimos o desenvolvimento de uma política de incentivo à exportação sem depender da situação econômica ou da balança comercial brasileira”. A intenção da multinacional é produzir automóveis de motores híbridos por aqui. 
 
Já o representante da Câmara de Comércio e Indústria do Japão no Brasil, Aiichiro Matsunaga, relatou medidas de competitividade sugeridas ao governo nacional, que inclui formação de profissionais qualificados, incentivar investimentos em infraestrutura; redução do custo de energia, a partir do uso eficaz da matriz energética, sem a influência de fatores climáticos e a criação de zonas francas em áreas centrais e não apenas em regiões remotas. 
 
No encontro, também foram apresentados dados sobre a indústria de tecnologia da informação pelo diretor-presidente da Softsul, José Antônio Antonioni. Ele destacou que o País detém 3% do mercado mundial e 46% da América Latina. Atualmente, existem por aqui 154 milhões de smarphones em uso e 70 milhões de computadores instalados. “A parceria ideal seria o Japão fornecendo o hardware e o Brasil o software embarcado”, sugeriu. Ele afirmou ainda que a atual crise é uma ótima oportunidade para o setor de tecnologia, pois oferece produtos e serviços que contribuem com a melhoria da gestão e aumento de produtividade.   
 
 
 
 
Publicado Terça-feira, 1 de Setembro de 2015 - 13h13

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