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Com a pandemia, ocorreu um aumento significativo nos casos de transtornos mentais. Por isso, é essencial que empresas, profissionais e sociedade em geral estejam atentos e falem sobre prevenção do suicídio, sem tabus. Implantar campanhas e ações de Setembro Amarelo é um caminho importante na prevenção do problema e na promoção da saúde mental dos trabalhadores.

A história do Setembro Amarelo

Criada em 2014, a campanha do Setembro Amarelo tem o objetivo de chamar a atenção para a prevenção do suicídio. A cor foi escolhida por conta do programa Yellow Ribbon (Fita Amarela em inglês), fundado em 1994 pelos pais e amigos do jovem americano Mike Emme, vítima de suicídio aos 17 anos de idade. A cor vem de um carro amarelo que pertencia a Mike e, desde então, vem se tornando a cor dessa causa.

Uma questão de saúde pública

Dados da OMS indicam que, a cada 40 segundos, uma pessoa é vítima de suicídio. Uma triste realidade que registra cada vez mais casos, especialmente entre jovens. O suicídio é a segunda maior causa de morte entre pessoas de 15 a 29 anos. Só no Brasil são registrados mais de 12 mil suicídios todos os anos, sendo o Rio Grade do Sul o estado com o maior número de suicídios no país.

O suicídio é uma questão de saúde pública. Cerca de 96,8% dos casos estão relacionados a transtornos mentais, entre eles, a depressão, o transtorno bipolar e abuso de álcool e outras drogas. E o mais importante: segundo estima a OMS, 90% desses casos poderiam ser prevenidos com o tratamento profissional adequado.

Falar é a melhor opção

De acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, de 50 a 60% das pessoas que cometem suicídio nunca se consultaram com um profissional de saúde mental ao longo da vida.

Ao contrário do que se pode pensar, falar sobre o tema não induz a pessoa ao suicídio. Geralmente, quem tem a ideia de interromper a vida se sente aliviado ao conversar e se sente melhor ao saber que alguém se importa com ele.

Não é preciso ter medo de conversar com a pessoa. É preciso estar aberto para escutar, sem julgamentos ou críticas. Importante evitar comentários como “é errado pensar assim”, “isso é pecado”, “olhe quantas coisas boas você tem em sua volta”. O objetivo é oferecer apoio emocional, identificar situações de risco imediato e, o mais importante, realizar o encaminhamento adequado.

Dentro ou fora da empresa, devemos pensar a partir de um ponto de vista preventivo. Para saber se alguém precisa de ajuda, fique atento aos seguintes pontos de atenção:

  • mudanças repentinas no comportamento, fazendo com que a pessoa se torne agressiva ou impaciente;
  • tendência ao isolamento;
  • falar mais sobre morte que o normal, mencionando falta de esperança, culpa e visão negativa para com a vida e o futuro;
  • uso abusivo de substâncias como álcool e outras drogas;
  • situações extremas como perda de emprego, crises políticas e econômicas, discriminação, agressões, conflitos familiares, luto e doenças crônicas.

Ações de Setembro Amarelo em sua empresa

Nossa saúde mental é influenciada por uma série de fatores combinados. Dedicamos grande parte do nosso dia ao trabalho, por isso, é natural que este ambiente tenha um grande impacto em nosso bem-estar. É importante também que empresas estejam atentas a isso, afinal, com a saúde mental em dia, os trabalhadores são mais produtivos, mais engajados, mais motivados e se sentem mais preparados para enfrentar os desafios pessoais e profissionais.

Ao implementar ações de Setembro Amarelo, devem ser consideradas as características da equipe, da empresa, e também possíveis problemas já identificados. O objetivo principal é abrir as portas para o diálogo, combatendo possíveis tabus e preconceitos com relação ao tema. A seguir, conheça algumas orientações para colocar essas ações em prática.

1) Estabeleça um protocolo mínimo para situações de saúde mental:

O que fazer quando um trabalhador é diagnosticado com um transtorno mental? Como proceder quando o trabalhador retorna após o afastamento por transtorno mental? Perguntas como estas podem guiar a criação de um plano prático visando à prevenção do suicídio e à promoção da saúde mental na empresa.

2) Promova campanhas e ações internas de conscientização:

Falar sobre saúde mental e assuntos relacionados é essencial. Palestras, SIPATs, DDS, abrir canais para esclarecimento de dúvidas dos trabalhadores e contar com profissionais especializados para prestar auxílio são ótimas oportunidades para divulgar conteúdo e promover acolhimento.

3) Capacite as lideranças:

Líderes são agentes importantes na promoção da saúde mental e devem estar preparados para identificar sinais e manejar situações, além de exercer a escuta ativa junto às suas equipes.

4) Motive e estabeleça a comunicação clara a respeito da saúde mental:

Eliminar barreiras de comunicação, derrubando possíveis tabus, pode motivar um trabalhador em sofrimento a buscar ajuda. Quanto mais o local de trabalho for um local atento a essas questões, mais poderá realizar ações preventivas, evitando que o problema se agrave e venha a ocorrer um afastamento e até mesmo um suicídio.

5) Promova um ambiente de trabalho saudável do ponto de vista psicológico:

Valorize o respeito às diversidades, a prática do autocuidado, o prevalecimento de ações de cooperação e o clima amistoso entre as pessoas.

 

O SESI dispõe de uma equipe de profissionais qualificados que pode auxiliar você na promoção da saúde mental da sua empresa. Entre em contato com por meio do nosso site ou pelo telefone 0800 051 8555.

quarta-feira, 1 de Setembro de 2021 - 11h11

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