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Nunca se observou tanto quanto agora como a sobrecarga feminina está prejudicando a saúde mental das mulheres.  

No mês que marca o Dia Internacional da Mulher, impulsionadas pela pandemia, as estatísticas e constantes relatos em redes sociais ampliam o foco no assunto e destacam: a sobrecarga mental e física acontecem tanto no ambiente doméstico quanto no profissional. E, na maior parte das vezes, acontece nos dois ambientes, ao mesmo tempo.  

Antes da pandemia, ainda em 2019, dados do IBGE mostraram que a mulher já dedicava, em média, 18,5 horas semanais a tarefas domésticas e cuidados com pessoas da família, crianças e idosos. Nessas mesmas atividades os homens dedicam 10,3 horas semanais.  

A pesquisa, que já apontava a desigualdade de gênero nesse aspecto, só antecipou o que se viu crescer e impactar muito a vida das mulheres durante o isolamento social.   

Extremamente cansadas, elas ainda se viram preocupadas com a manutenção de seus empregos, com a carga de trabalho e com a renda familiar, além de acompanhar o(s) filho(s) na escola, sem poder contar com rede de apoio (creches, babás, familiares).  

Em estudo da Gênero e Número, das mulheres que seguiram trabalhando durante a pandemia com manutenção de salários, 41% afirmaram trabalhar mais durante o isolamento, e 40% afirmaram que a pandemia e a situação de isolamento social colocaram a sustentação da casa em risco.  

Para além do cansaço, o estudo do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo comprovou as consequências para a saúde mental das mulheres durante a pandemia com os índices: 40,5% delas respondendo com sintomas de depressão, 34,9% de ansiedade e 37,3% de estresse.  

A SOBRECARGA COMO FATOR PSICOSSOCIAL NO TRABALHO

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), fatores psicossociais são as interações entre meio ambiente e condições de trabalho, condições organizacionais, funções e conteúdo do trabalho, esforços, características individuais e familiares dos trabalhadores.  

Esses fatores podem ser de proteção, quando são benéficos e promovem a saúde integral do indivíduo, sendo aspectos positivos os relacionados àquilo que fortalece a pessoa, ajudando-a a lidar melhor com os desafios. Ou de risco, quando causam prejuízo à saúde da pessoa.  

Com relação aos fatores de risco psicossocial, a sobrecarga física e mental de trabalho propicia uma percepção negativa, podendo levar as pessoas ao cansaço excessivo, desmotivação e ao desenvolvimento de doenças.

LIDERANÇA FEMININA PRECISA DE ATENÇÃO

As mulheres responsáveis pela gestão de equipes apresentam níveis ainda mais elevados de esgotamento, com mais de 50% das gerentes entrevistadas relatando que costumavam ficar ou quase sempre estavam esgotadas, de acordo com o levantamento Women in the Workplace 2021 .  

Excesso de responsabilidade, ausência de apoio frente a tarefas que exijam alto grau de execução, além das cargas e pressões frequentes a fim de resguardar e garantir respeito e reconhecimento frente aos colegas, estão entre os motivos. Além do que, apesar de terem mais estudo, sua renda ainda é inferior à dos homens.

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quinta-feira, 10 de Março de 2022 - 8h08

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