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A equipe Androids, do Colégio Coração de Maria de Esteio, foi a grande campeã do Torneio de Robótica First Lego League, organizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS). A final aconteceu no último sábado na Escola Sesi de Ensino Médio em Sapucaia do Sul e teve a participação de 12 equipes. Além da Androids, conseguiram vaga na etapa nacional que será realizada em março, na cidade de Brasília, Just 4Fun (2º lugar), do Colégio Marista Pio XII (Porto Alegre); Tecnoway (3º lugar), Rede de Ensino Caminho do Saber (Caxias do Sul); e Galilego (4º lugar), Colégio Santa Inês (Porto Alegre).
 
O sábado foi de divertimento e aprendizagem para os jovens e crianças que participaram do torneio. O desafio desta temporada, Animal Allies (animais aliados), incentivou os estudantes a pesquisar a relação entre humanos e animais e como um interfere na vida do outro. A equipe Lego Ghost, do Sesi de Igrejinha, fez um projeto para diminuir o efeito estufa, tratando o esterco e transformando-o, com uma minhoca, em húmus para ser reaproveitado pelos agricultores. A intenção é diminuir a emissão de gás butano. A equipe ficou em quinto lugar e está na suplência para ir a Brasília. “Eles tiveram muita integração e comprometimento. Desenvolveram o espírito de equipe e as amizades”, contou a treinadora Laci Carolina Pereira da Silva. 
 
Os times também mostram na prática o que aprendem com as missões que serão realizadas pelos robôs de Lego. As máquinas são montadas e programados pelos próprios estudantes, e as tarefas devem ser realizadas em três rounds de 2’30’’. A avaliação leva em consideração desde a inspiração e os valores, até o design do robô e a solução encontrada. Os times tem de dois a dez estudantes entre 9 e 16 anos e dois técnicos.
 
Além de despertar o interesse das crianças e jovens pela ciência e aproximá-los da tecnologia, a intenção é desenvolver habilidades para o mundo do trabalho de forma criativa e divertida. “Os temas colocados, o processo de pesquisa, a resolução de problemas são situações que deverão ser resolvidas pela indústria 4.0”, destaca a gerente de Educação do Sesi-RS, Sônia Bier. “O uso da robótica e da tecnologia facilita para que esta geração descubra novas formas para solucionar estes problemas”, explica ela. O treinador e professor de informática Felipe Ghesla do Colégio Santa Inês salienta ainda algumas questões que nem sempre são ensinadas em sala de aula. “Eles desenvolvem habilidades como trabalhar em equipe, autonomia e organização do tempo”, reforça. O core values são valores avaliados em todo o processo da robótica. Os competidores devem compartilhar conhecimento, ajudar as outras equipes, ter solidariedade e saber que o principal não é ganhar, mas aprender. “Eles aprendem que existem valores e limites que devem ser seguidos”, afirma Sônia. 
 
Ao levar a robótica para as salas de aula, o Sesi quer estimular o interesse dos participantes pelas áreas de química, física, matemática, engenharias e novas tecnologias. O que parece uma brincadeira com robôs é, na realidade, uma forma inovadora de ensino. É assim que a robótica influencia na formação de futuros engenheiros e promove melhor aprendizado entre estudantes. Atualmente 19 Centros de Atividades do Sesi gaúcho lecionam robótica, envolvendo mais de 1.200 crianças e adolescentes. Desde 2013, o SESI é o operador oficial do Torneio de Robótica FLL, em parceria com a instituição norte-americana FIRST (For Inspiration and Recognition of Science and Technology) e o Grupo LEGO Education (Dinamarca).
 
Crédito foto: Dudu Leal
 
 

Fonte: robótica, Esteio, torneio, FLL, ensino,

Publicado segunda-feira, 12 de Dezembro de 2016 - 14h14