A Páscoa está chegando e com ela o dilema: comer ou não comer chocolate? Afinal, a fama do alimento é de provocar aumento de peso. Mas será que ele é mesmo vilão? Podemos nos manter saudáveis consumindo chocolate?
Claro que sim! O segredo é comer com moderação e observar o tipo escolhido. Nesse post, vamos falar sobre os diferentes tipos de chocolate para que você descubra qual é mais adequado à sua alimentação. Acompanhe a leitura!

Benefícios do (verdadeiro) chocolate

Em primeiro lugar, é preciso ter certeza de que o alimento que você come é, realmente, chocolate. Muitos produtos do mercado estão rotulados como chocolates sem ter a composição necessária para pertencer à categoria.
Segundo a ANVISA, chocolate é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau, massa (ou pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e/ou manteiga de cacau com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25% (g/100g) de sólidos totais de cacau. Este chocolate pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados.
Ele, sim, traz vários benefícios à saúde! O chocolate tem substâncias chamadas flavonoides, que reduzem a fadiga mental, melhoram o humor, previnem o envelhecimento precoce, agem na regulação do colesterol ruim (LDL), reduzem o risco de doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral.

Quantidade e qualidade

Se o chocolate possui tantos aspectos positivos, como comer sem engordar ou sentir culpa? Devemos observar a quantidade: o consumo recomendado de chocolate é entre 10 e 15 gramas por dia, aproximadamente de dois a três quadradinhos.
Além disso, o tipo de chocolate escolhido é muito importante, pois há bastante diferença entre cada um deles. Mas são tanto que até ficamos confusos! Vamos apresentá-los para que, na hora da compra, você faça a escolha certa!

Tipos de chocolate

Amargo (ou puro)

Preparado com uma alta porcentagem de massa de cacau (entre 70% e 100%) e adicionado de pouco ou nenhum açúcar. Apresenta sabor rico e intenso e coloração escura.

Meio amargo

Apresenta uma concentração de cacau reduzida (entre 35% e 50%). Tem sabor rico, porém menos acentuado, pois contém açúcar em sua composição. No Brasil, até poucos anos atrás, era a opção mais “nobre” encontrada no mercado.

Ao leite

Contém de 20% a 40% de massa de cacau. Licor e manteiga de cacau, leite em pó ou condensado, açúcar e baunilha são alguns dos ingredientes que podem estar presentes neste tipo de chocolate. Tem sabor leve e doce, sendo o tipo mais popular.

Branco

É feito com manteiga de cacau, que lhe dá um leve sabor de chocolate e a cor clara, além de açúcar, sólidos do leite e aroma de baunilha. É mais doce e macio que os chocolates com massa de cacau.

Cacau em pó

O cacau em pó é derivado da amêndoa de cacau moída após a remoção de quase toda a gordura. Não possui açúcar em sua composição e confere o sabor do chocolate quando utilizado em preparações. Quanto mais escuro o pó do cacau, mais saboroso e mais amargo ele será.

Chocolate em pó

Obtido pela mistura do cacau em pó com açúcar. Confere sabor mais leve e doce, é ideal para uso na cozinha e o preparo de bebidas.

Achocolatado em pó

Contém cerca de 70% de sacarose ou outros açúcares e 30% de cacau em pó. Outros componentes podem ser utilizados na formulação (extrato de malte, açúcar e glicose). Além destes, podem ser enriquecidos com vitaminas e minerais.

Mesmo com essa diversidade de chocolates, muitas pessoas possuem restrições alimentares que as impedem de consumir os tipos citados acima. Confira as opções disponíveis nesses casos:

Para os diabéticos

Diabéticos precisam controlar a quantidade de açúcar que consomem. Assim, uma das opções possíveis é o chocolate diet. Em geral, ele é vendido em barras. Os principais ingredientes do chocolate dietético, junto com os tradicionalmente utilizados, são edulcorantes (sorbitol e sacarina) em substituição ao açúcar. Podem ser:

• chocolate reduzido em açúcar;
• chocolate sem açúcar adicionado;
• chocolate sem açúcar;
• chocolate com calorias reduzidas.

Para os alérgicos ao cacau

Os substitutos de cacau são substâncias que podem entrar na formulação de biscoitos, massas para panificação, sobremesas, sorvetes, bebidas lácteas e achocolatados, para substituir parcial ou totalmente o cacau, com o intuito de garantir a qualidade do produto final ou acrescentar alguma nova característica. Dentre os possíveis substitutos, destacam-se:

Alfarroba

A alfarroba é consumida em muitos países árabes sob a forma de doces e de bebida durante o Ramadan. A polpa após secagem, trituração e torrefação dá origem ao pó ou farinha de alfarroba, que possui cor e aroma similares ao cacau.

Cupuaçu em pó

O cupuaçu pode ser utilizado como substituto do cacau. O resultado é o cupulate, um produto obtido pela transformação das amêndoas de cupuaçu, patenteado pela Embrapa. De acordo com a estatal, o sabor, textura, odor e aparência são semelhantes aos do chocolate. O cupulate pode ser processado em pó, tablete meio amargo, ao leite e branco.

Para os intolerantes a glúten e/ou lactose

Nesse caso, uma boa alternativa é o chocolate de soja. Nele, o leite é substituído por componentes de soja, e seu sabor se assemelha ao meio amargo. Além de não conter lactose, também pode ser consumido por celíacos, pois geralmente não contém glúten. No entanto, é necessário conferir sempre o rótulo para ter certeza da ausência do glúten na composição.

Dica importante

Na hora da compra de chocolates ou ovos de Páscoa, verifique a lista de ingredientes e a tabela de informação nutricional constantes nos rótulos. Os ingredientes utilizados na preparação ou fabricação dos chocolates são declarados, na lista de ingredientes, em ordem decrescente de quantidade.
Confira sempre qual o primeiro ingrediente da listagem! É recomendado optar por chocolates com maior teor de cacau e, assim, que o primeiro ingrediente seja massa de cacau e não açúcar. E com relação à avaliação da tabela de informação nutricional, os chocolates com menor quantidade de gordura saturada e trans devem ser priorizados.

Com tudo isso, você já compreendeu que a regra para o consumo de chocolates, tanto na Páscoa quanto no restante do ano, é moderação!
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