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Com a Pandemia no Novo Coronavírus, surgiram novas situações e rotinas às quais as pessoas precisaram se adaptar: distanciamento social, higienização frequente das mãos, utilização de máscaras, trabalho remoto, atividades escolares em casa… Além das mudanças repentinas na rotina, o cenário é de incerteza tanto na saúde, como na economia. Diante disso, é esperado que algumas emoções intensas também apareçam, como medo, preocupação, nervosismo e tristeza. Mas como saber se a resposta emocional está compatível com a situação vivida ou se caracteriza um problema de saúde mental? Confira o artigo:

Emoções mais frequentes

Há apenas algumas semanas atrás, não se fazia ideia que tantas mudanças ocorreriam em função de uma pandemia. Tampouco que a maioria das pessoas experimentaria emoções como preocupação e medo com tanta frequência. O fato é que absolutamente todos foram surpreendidos por essa situação, e por isso é compreensível que algumas reações apareçam:

– Medo de adoecer e morrer;

– Medo de perder pessoas queridas;

– Preocupação em perder o emprego ou em não conseguir pagar as contas;

– Tristeza em não poder ver entes queridos;

– Sensação de impotência e desamparo;

– Irritabilidade, tédio e solidão;

– Falta ou excesso de apetite;

– Dificuldade para dormir ou muito sono;

– Conflitos nas relações pessoais ou de trabalho;

– Pensamento voltado predominantemente para a pandemia.

Cada pessoa reage de forma diferente às situações. Por isso, algumas podem ser mais impactadas que outras. As formas de lidar e os sentimentos que surgem dependem também da história de vida de cada um e do seu contexto atual. O importante é reconhecer quando algo não vai bem e pedir ajuda se necessário.

Como saber se as reações estão se tornando um problema de saúde mental?

Para saber se as emoções experimentadas estão se tornando um problema de saúde mental, que requer apoio profissional, três fatores fundamentais devem ser analisados:

1. A intensidade: se as emoções são muito fortes e causam um grande sofrimento.

2. A duração: se as reações não diminuem e persistem de forma contínua por muitos dias.

3. O prejuízo: se as sensações prejudicam a rotina, impedindo a realização de atividades que antes eram feitas com facilidade.

Se a intensidade e duração dos sintomas são elevadas, causando prejuízo no dia a dia, pode ser um caso de transtorno mental e comportamental. Depressão, ansiedade, transtornos relacionados a substâncias (álcool e outras drogas), transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e transtorno obsessivo compulsivo (TOC) são alguns exemplos.

 Essas doenças são comuns e podem acometer pessoas independentemente de idade, sexo ou classe social. Muitas vezes, uma situação adversa como a pandemia pode servir de gatilho para o desenvolvimento da doença. O risco de surgimento ou agravamento desses transtornos aumenta de acordo com as características individuais e contexto psicossocial de cada um. 

Embora seja importante estar atento aos sintomas, somente um médico ou psicólogo pode confirmar o diagnóstico de um transtorno mental e comportamental, bem como indicar o tratamento adequado.

O que fazer para aumentar o bem-estar e evitar que as reações causem grande sofrimento 

  • Manter a alimentação equilibrada e o sono suficiente.
  • Evitar o uso do tabaco, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções.
  • Realizar atividades que reduzem o estresse e a ansiedade, como praticar atividade física, escutar músicas, assistir filmes, ler e fazer exercícios de relaxamento.
  • Evitar a autoexigência, entendendo que não há problema em não dar conta de tudo ou não fazer tudo perfeitamente. 
  • Manter contato com as pessoas, ainda que à distância. Ligações, vídeo-chamadas e redes sociais podem ajudar.
  • Manter uma rotina de atividades com as crianças, flexibilizando e adequando quando necessário. A rotina não deve ser um sofrimento para a família.
  • Conversar com alguém de confiança sobre os sentimentos e preocupações.
  • Utilizar estratégias que já ajudaram em outros momentos de dificuldade.
  • Diminuir o tempo assistindo notícias e buscar fontes confiáveis de informação, como o site da Organização Mundial da Saúde (OMS).
  • Buscar também as boas notícias e ter pensamentos positivos, afinal, a pandemia vai passar. 
  • Incentivar e participar de ações compartilhadas de cuidado e ações solidárias, a fim de aumentar a sensação de pertencimento social.
  • Buscar apoio profissional, especialmente quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para melhorar as sensações. Existem muitos serviços online disponíveis, inclusive gratuitos.

Consulte outras informações em fontes seguras:

quinta-feira, 7 de Maio de 2020 - 10h10

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