É fato que manter uma alimentação equilibrada, rica em frutas, verduras, legumes, carnes magras e oleaginosas é um dos pilares da vida saudável. Mas você sabia que a alimentação saudável também tem relação direta com a segurança do trabalhador?
É claro que a prática de atividade física também tem papel importante nesses fatores. Porém, cuidar da alimentação do trabalhador é essencial para ajudar a proporcionar tanto a boa saúde quanto a segurança, principalmente frente às recentes mudanças na sociedade que tiveram grande impacto negativo nos hábitos alimentares dos brasileiros.
Vamos entender melhor como a alimentação influencia na segurança e no desempenho dos trabalhadores?
Alimentação e segurança no trabalho: qual a relação?
Aliada à prática regular de atividade física e a um sono de qualidade, a alimentação ajuda a manter o controle do peso corporal. Até aí, nenhuma novidade, certo? Porém, quando levamos em consideração que este controle do peso ajuda a evitar, por exemplo, o sobrepeso na coluna, começa a ficar clara a relação entre alimentação e prevenção de acidentes.
Somado a isso, temos o fato de que mais da metade da população brasileira (55,7% das pessoas) apresenta excesso de peso. E estar fora do peso ideal, além de tornar algumas atividades mais desgastantes, também eleva o risco de sobrecarga em equipamentos de segurança. Pode haver, ainda, dificuldade para acessar espaços mais reduzidos, elevando as chances de acidentes.
Além de influenciar em condições físicas, conforme exemplificamos acima, a alimentação inadequada pode levar ao desenvolvimento de uma série de doenças capazes de elevar ainda mais o risco de acidentes entre os trabalhadores, especialmente aqueles que exercem atividades como trabalho em altura, em locais de difícil acesso ou que façam turnos alternativos.
Como saber se a alimentação está afetando a segurança dos trabalhadores?
Há importantes sinais que, se observados, podem indicar que a alimentação inadequada está pondo em risco a saúde do trabalhador. Confira quais os principais sinais para manter-se atento:
- Sentir muita fome enquanto trabalha;
- Sentir cansaço ou falta de energia, além do normal para a atividade que exerce;
- Observar suor frio ou tremores enquanto trabalha;
- Notar alterações como visão embaçada;
- Sentir dor de cabeça, palpitações, taquicardia.
Estes sinais podem indicar que a alimentação ou o consumo de água do trabalhador estão inadequados para as atividades que ele exerce. Sendo assim, trabalhadores, colegas e líderes devem ficar atentos a queixas deste tipo.
Esta atenção é importante para todos os trabalhadores, mas especialmente para aqueles que exercem funções que envolvam trabalho em altura, em espaço confinado ou em turnos noturnos. A tontura, por exemplo, não apresenta um grande risco para quem trabalha em escritório. Para um empregado que está exercendo trabalho em altura, por outro lado, pode ser uma grave ameaça à segurança.
Na prática, como a alimentação inadequada afeta o corpo do trabalhador?
- A falta de horários regulares ou também de uma alimentação balanceada pode provocar a queda nas taxas de açúcar no sangue.
- Essa queda de açúcar no sangue é chamada de hipoglicemia e pode provocar mal-estar, suor frio, confusão mental, tremores, visão embaçada.
- Para trabalhadores que exercem atividades especiais, como trabalho em altura ou em locais de difícil acesso, isso pode representar maior risco de vertigens (tonturas) e desmaios.
- O aumento do peso corporal, decorrente também da má alimentação, pode dificultar o acesso a locais de trabalho ou colocar o funcionário em risco, por conta da sobrecarga em equipamentos.
- Se alimentar de maneira inadequada também pode levar à falta de energia, o que pode prejudicar trabalhadores com alto gasto energético, levando-os à sensação de esgotamento/cansaço.
- O consumo de alguns alimentos ricos em sódio também interfere na pressão arterial. Entre os riscos da pressão alta estão: dor no peito, dor de cabeça, zumbido no ouvido, sangramento nasal, etc.
- Se não nos mantivermos hidratados, com consumo suficiente de água, os primeiros sintomas da desidratação podem ocorrer, como boca seca e dores de cabeça. Se a falta de água persistir, pode ocorrer fadiga e dificuldade de respirar e, em alguns casos, pode haver confusão mental.
- Todos esses sintomas podem levar à perda de qualidade de vida do trabalhador e também a um maior risco de acidentes.
Como, então, usar a alimentação a favor da segurança no trabalho?
Não existe segredo. A recomendação é proporcionar ou educar os empregados para que busquem uma alimentação caprichada, com frutas, verduras, legumes e evitando excesso de sal, doces, frituras e bebidas com adição de açúcar.
A alimentação balanceada já ajuda no controle do peso – não é preciso parar de comer. Na verdade, cada tipo de trabalhador precisa de uma alimentação específica, indicada ao tipo de atividade que exerce. Para saber exatamente o que é recomendado para cada caso, o ideal é contar com o apoio de um profissional de nutrição. Em resumo, descrevemos as especificações para cada tipo de trabalhador abaixo:
- Trabalhadores de escritório: Por terem menos gasto calórico, têm necessidade de menor ingestão de calorias. Neste caso, o controle de peso é recomendado apenas por questões gerais de saúde.
- Trabalhadores em altura: Têm gasto calórico moderado a intenso, portanto, a alimentação deve ser focada em evitar vertigens e outros males repentinos. O peso em excesso pode colocar o trabalhador em risco.
- Trabalhadores confinados: Têm gasto calórico moderado a intenso e, por isso, devem ter uma alimentação focada em evitar mal súbito, desmaios e outros problemas. O excesso de peso pode dificultar a atividade de trabalho.
Viu só a alimentação pode contribuir com um ambiente mais seguro no trabalho? A alimentação equilibrada é uma das responsáveis por uma vida melhor e com menos riscos em todos os ambientes. Por isso, independentemente da atividade principal da empresa, é importante contar com um nutricionista para montar um cardápio adequado às atividades da organização. Conheça o serviço do SESI/RS de consultoria em nutrição!
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