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Sob olhares curiosos e atentos, o especialista da área de Saúde Mental e Inovação do SESI-RS, Fernando Rosa, palestrou no espaço Arena do CONGREGARH 2023, no terceiro dia do congresso. Questionando o público, ele iniciou sua fala: Por que estudos de futuro(s) é importante? Na sequência, ele mesmo já respondeu o que seria o óbvio, mas que ele entende como um risco: “para saber o que vai acontecer no futuro... Não, não é pra isso. Infelizmente vou jogar esse balde de água fria em vocês”. O sociólogo então propôs um exercício que é o de olhar para o futuro e se fazer algumas perguntas, e recomendou: "não façam isso motivados apenas porque o mundo está sempre mudando".  

O MUNDO MUDA O TEMPO TODO 

Usar a mudança como motivador para se olhar para o futuro da sociedade, das empresas, não é o melhor caminho, segundo o sociólogo. Ele explica que hoje o que motiva as ações do SESI para olhar o futuro é a aceleração das mudanças: “vivemos um tempo em que cada vez mais as mudanças são mais rápidas, sem precedentes... Não estamos preparados para o número, o volume e a velocidade das mudanças”. 

A partir da ciência dos Estudos de Futuros, o sociólogo explica ainda que a gente se baseia sempre no passado para tomar decisões: “a gente estuda e pensa a partir do que aconteceu, de informações acumuladas e então toma decisões”. Ele ressalta que não está desconsiderando as informações do passado, que elas são importantes, são essenciais. Mas o que os Estudos de Futuros diz é que elas são insuficientes. 

MAS O QUE É AFINAL ESTUDOS FUTUROS?

Estudos de futuros é o estudo sistemático de futuros possíveis, prováveis e desejáveis. Pode ser usado para ajudar líderes e comunidades a gerenciarem incertezas e aumentar sua resiliência e inovação.  

A partir da apresentação do conceito, Fernando questiona: “qual o futuro da minha empresa? Qual o futuro da minha área? Qual o futuro da minha vida? Eu posso desejar algumas coisas, mas têm coisas que serão mais possíveis de acontecer e outras mais prováveis”.  

Diante do desejável, do possível e do provável, ele explica que o objetivo é então ajudar as lideranças nesse processo e que o principal desafio é aumentar a alfabetização, a literacia coletiva sobre estudos de futuro ou ‘previsão social’.

IMAGINAR COM MÉTODO E FAZER O POSSÍVEL HOJE

Fernando lembra que um pouco do que o SESI faz hoje é isso, e que há ferramentas estratégicas, como o PESTAL, que podem ser usadas e encaixadas nos conceitos de megatendências, tendências e sinais.    

Para ilustrar, ele compartilhou a forma como o SESI imaginou o futuro do trabalho. O especialista explicou então que, a partir de um primeiro olhar para algumas áreas, se identificou que futuro do trabalho passa pela inteligência artificial, e que os desafios e as oportunidades acabam que colocam mais luz no fator humano.  

Trazendo fatores como transição demográfica, cenários laborais em que já se observam 5 gerações compartilhando o mesmo espaço de trabalho, aprendizado de novas habilidades e que a saúde se mostra precária diante dos anos a mais que estamos vivendo e da predominância das doenças crônicas não-transmissíveis, onde se inclui os transtornos mentais, fica claro como o cenário futuro vai se apresentando, com especial atenção para a promoção do bem-estar e a saúde mental no trabalho.  

Para finalizar, Fernando reafirmou: “a gente não tem bola de cristal, mas a gente tem método: definir o futuro que se deseja; visualizar cenários possíveis, prováveis e desejáveis; documentar e agir no presente”. 

SAIBA MAIS

Para saber mais, conheça a atuação do Centro de Inovação SESI em Fatores Psicossociais e os estudos de tendências do Observatório da Indústria. Acesse e confira: Tendências - Observatório da Indústria (observatoriodaindustriars.org.br)

sexta-feira, 23 de Junho de 2023 - 18h18

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