A saúde emocional do trabalhador é um dos temas mais atuais quando se trata de saúde mental nos ambientes laborais. Durante o CONGREGARH 2023, ele foi abordado no espaço Arena no primeiro dia de congresso pela psicóloga da área de Saúde Mental e Inovação do SESI-RS, Viviane Copelli.  

A especialista começou falando do impacto desse assunto para a saúde financeira nas organizações. Ela apresentou um dado da Organização Mundial da Saúde que diz que, a cada 1 euro investido no tratamento de ansiedade e depressão, se tem 4 euros de retorno na melhoria da saúde e capacidade produtiva.  

Segundo ela, a pauta da saúde mental não trata somente de questões subjetivas, trata também de investimento, de resultado, e de um retorno que se espera que o trabalhador tenha: “esse retorno diz respeito à identificação que o trabalhador tem com o trabalho, ao entendimento de que existe valor no que ele faz, no seu dia a dia”. Viviane cita então a pesquisa da University of Warwick do Reino Unido que revela que trabalhadores emocionalmente saudáveis e amparados produzem 12% a mais do que a média.

POR QUE FALAR DE SAÚDE MENTAL NO TRABALHO?

A saúde mental representa mais de 1/3 da incapacidade total do mundo, com transtornos depressivos e ansiosos como as maiores causas, afirmou a psicóloga, reforçando o dado de que, no Brasil, esses transtornos respondem respectivamente pela 5ª e 6ª causas de anos de vida vividos com incapacidade.   

Dentro outros dados que validam o cenário da saúde mental do trabalhador e tendências observadas pelo Centro de Inovação SESI em Fatores Psicossociais, Viviane ponderou que o problema está presente entre as preocupações e prioridades dos RHs, mas que ainda é difícil ter um plano de ação concreto (e o investimento) para solucionar o problema.

FATORES PSICOSSOCIAIS E AS ESTRATÉGIAS NECESSÁRIAS

Antes de apresentar estratégias para implementar a saúde mental no trabalho, a especialista abordou os fatores psicossociais de risco e proteção. A partir da imagem de um iceberg, ela lembrou do conceito utilizado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT): “são interações entre meio ambiente e condições de trabalho, condições organizacionais, funções e conteúdo do trabalho, esforços, características individuais e familiares dos trabalhadores”.     

Entre alguns pontos do que as empresas podem implementar, Viviane falou de políticas e programas; da promoção da cultura de equilíbrio entre vida pessoal e trabalho; do fomento da cultura do cuidado e da segurança psicológica; e, como parte da jornada profissional, o incentivo a trabalhadores e gestores a buscarem ajuda e cuidado com a sua saúde de forma integral.

COMO O SESI PODE AJUDAR

O SESI-RS conta com uma equipe de especialistas em Saúde Mental e Inovação. Referência no país, sedia o Centro de Inovação SESI em Fatores Psicossociais e desenvolveu um portfólio completo de soluções em saúde mental, que contempla: diagnóstico, assessoramento, conscientização, em atendimentos e acompanhamentos, e em ações direcionadas a grupos de risco. Acesse e confira: Saúde Mental | Sesi/RS (sesirs.org.br)