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Sob o título “O cuidado para além das fronteiras da empresa”, Juliano Colombo conduziu uma conversa com o público que compareceu no segundo dia ao CONGREGARH, evento realizado pela ABRH-RS. Ele iniciou sua palestra retomando a história e o propósito originário do SESI nas áreas de educação e saúde voltadas para o trabalhador da indústria.  
 
Logo na sequência Juliano explicou que, hoje, o SESI busca transcender a prestação de serviços e atuar como um articulador de redes e provocador das lideranças, visto que, no caso da saúde, não se via valor dela no meio empresarial. “Se a gente pensar, grande parte dessa pauta ao longo do tempo se referia apenas a questões legais, a atender um laudo, a atender um fiscal, a atender às normas regulamentadoras”.

SAÚDE, UM TEMA ESTRATÉGICO 

Se um dia ações de saúde no trabalho se resumiram ao cumprimento da legislação e tinham baixa percepção de valor pelo empresário, hoje essa lógica mudou. "Hoje o ambiente de trabalho não está isolado do mundo, ele está conectado com a vida, e questões externas irão afetam cada vez mais esse ambiente”, afirmou.    

Trazendo ainda a ideia de que a saúde de um indivíduo está interligada a diferentes fatores, que vão desde questões hereditárias até condições socioeconômicas e ambientais, Juliano ressaltou que estamos diante de uma crise do cuidado.  

Segundo dados apresentados, 290 bilhões de dólares serão perdidos pelos EUA por ano a partir de 2030, não só em função da falta de profissionais do cuidado como pela perda de trabalhadores produtivos para atividades de cuidado não remuneradas.  

Além desse dado, Juliano apontou que o custo com a saúde no Brasil está cada vez mais alto: “discutir a saúde para além da empresa é discutir também a saúde suplementar. Vimos um prejuízo operacional em 2022 das operadoras médico-hospitalares de R$ 11 bilhões, sendo que 70% dos beneficiários usam planos empresariais”.  O superintendente também mencionou a questão da longevidade como fator de impacto neste cenário: “ela que sofreu uma queda na expectativa de vida como efeito da covid-19, mas que já volta a subir”.

ESG E O VALOR DA SAÚDE

De acordo com Juliano, o valor da saúde não está só no S (social), como a teoria do conceito traz. “A saúde está no estilo de vida que afeta o meio ambiente, e o meio ambiente afeta a saúde. E a gente precisa fazer a saúde ser pauta da governança. O que se conecta ao início da minha fala, ao movimento que o SESI vem fazendo nos últimos anos que é o de engajar mais os empresários, os diretores, os conselhos”.

PROJETO + SAÚDE PANAMBI 

O dirigente encerrou sua fala trazendo o case do projeto + Saúde do município de Panambi no Rio Grande do Sul, iniciativa que articulou uma ação conjunta das redes de atendimento em saúde mental, assistência social e educação com a prefeitura e seis indústrias da região.  

“O case revela o quanto a saúde pode ser um dos principais ativos da empresa e o quanto é preciso olhar pra ela além das fronteiras da empresa. Nós sabemos que tem muita empresa que tem um grau de influência altíssimo na sua comunidade, e que se a gente engaja o CEO, e ele começa a fazer frente, a gente começa a mudar as políticas públicas e a realidade da saúde de toda uma comunidade a partir da união de esforços”.

SAÚDE INTEGRAL NA PAUTA DO RH

No mesmo dia, o SESI-RS também tratou da pauta 'Saúde integral na pauta do RH' no espaço Arena. A enfermeria especialista, Gésica Julião, trouxe um amplo panorama sobre fatores que envolvem o tema como dados de auxíliao doença no Brasil, doenças crônicas não transmissíveis, e a interferência da tecnologia no estilo de vida e na saúde do trabalhador. Ao fim da palestra, Gésica questionou: "Qual a interface do RH na saúde integral das pessoas?"  

 

sexta-feira, 23 de Junho de 2023 - 13h13

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