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Alunos da Escola Sesi de Gravataí criam aplicativo que facilita a autonomia de deficientes visuais

Com a tarefa de criar um projeto pensando na cidade do futuro, os estudantes da equipe de robótica Kronos, da Escola Sesi de Ensino Médio de Gravataí, desenvolveram um aplicativo que irá mapear as calçadas facilitando o deslocamento dos deficientes visuais, cadeirantes, idosos e pessoas com crianças. Batizado de “Kmobi” é similar ao Waze (aplicativo que informa o trajeto nas ruas), mas a versão dos alunos de Gravataí analisa a situação das calçadas. A plataforma irá mostrar a melhor rota, permitindo que o usuário escolha se prefere o percurso mais rápido ou em melhores condições, além de informar quando acaba o piso tátil, desnivelamento e se há buracos no trajeto. A professora de matemática e técnica Guiomar de Souza conta que, para chegar ao projeto, os alunos pensaram primeiro para quem seriam as cidades do futuro e tiveram a ideia de melhorar a acessibilidade da população com deficiência visual. “Eles perceberam que a atenção a essas pessoas era menor do que deveria ser. Por isso, pensaram em algo específico para essa população, mas que não se limita a população dos deficientes visuais, e também com cadeirantes, idosos ou quem caminha com crianças pela rua”. Inicialmente o aplicativo irá funcionar em Gravataí e depois será expandido para outras cidades.

A aluna Kailane Silveira Rodrigues, integrante da equipe, conta como foi desenvolver o projeto. Eles fizeram uma visita à Associação de Cegos do Rio Grande do Sul. “Quando imaginamos a cidade do futuro, acabamos pensando em carros voadores, coisas muito tecnológicas. Mas as cidades do futuro para quem tem deficiência visual precisa de coisas simples, que incluem a mobilidade urbana, para que eles possam caminhar sozinhos nas ruas”, reflete Kailane. “O aplicativo caminharia junto com a pessoa, que vai falando com o celular e ele vai avisando que a dois metros tem um buraco, a dois metros vai acabar o piso tátil, o terreno é irregular para andar e vai dar alternativas de rotas mais acessível, o tempo estimado de deslocamento”, explica.

Alunos da Escola Sesi de Gravataí criam aplicativo que facilita a autonomia de deficientes visuais

Além de Kailane, os integrantes da equipe responsável pelo projeto são Isabela Ferreira Dill, Carolina Baptista dos Santos, Rafael Ramos dos Santos, Gabriella Viana Macedo, Gustavo dos Santos Mendes e os técnicos Guiomar de Souza e Anderson Morais, todos da Escola Sesi de Ensino Médio de Gravataí.

Os estudantes de idades entre 15 e 16 anos vão apresentar efetivamente o aplicativo na etapa nacional do Torneio Sesi de Robótica First Lego League (FLL), que ocorre entre os dias 6 e 8 de março em São Paulo. A competição conta com cem equipes do Brasil e promove disciplinas, como ciências, engenharia e matemática, em sala de aula, além de questões como a empatia e o respeito ao próximo. O objetivo é contribuir, de forma lúdica, para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais exigidas dos jovens no mercado de trabalho e na vida pessoal.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado quarta-feira, 19 de Fevereiro de 2020 - 16h16

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