Um dos grandes ícones da superação de desafios no Brasil deu uma aula aos educadores e alunos presentes no 2 º Sesi com@Ciência. O evento, realizado pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), reúne até esta terça-feira (1º), mais de 10 mil participantes, no Centro de Eventos FIERGS. Ao longo dos dois dias, serão promovidos debates, vivências, apresentações, palestras e reflexões para o futuro.
Natural de Paraty, no Rio de Janeiro, Amyr Klink abriu a palestra com uma revelação: “Eu sempre tive muito medo do mar e aprendi a navegar em um barquinho nas ruas alagadas de Paraty durante a maré cheia”. Klink contou ainda que vive em uma casa sem energia e que seus sócios da área de TI odeiam visitá-lo. “Lá a iluminação é a querosene e a geladeira funciona a gás”, avisou.
Dono de mais 300 embarcações e de um empreendimento que leva empresários à Antártica, Klink revelou que seu negócio era compartilhar conhecimento e que essa sim é a indústria que vai mover o futuro. O navegador narrou também a sua primeira grande aventura, que ainda é considerado um feito histórico. Em 9 de junho de 1984, saiu da Namíbia, na África, em direção a Salvador, com um barco a remo. Completou o feito em 101 dias, quatro antes do previsto e se preparou para o próximo desafio. Uma das inovações que ele já havia implantado na época foi a geração de energia por placas fotovoltaicas, um feito que só agora ganha fôlego mundial.
Crédito foto: Dudu Leal
Klink também construiu a embarcação que o levaria à Antártica em um projeto que levou oito anos para ser concluído. Lá ele ficou por 14 meses, sozinho, e descobriu que se tornar seu próprio provedor era sim uma grande ocupação, que serviu para valorizar todas as pessoas que ajudavam a manter seu sustento. “Quatro meses e meio sem sol passaram como se fosse um final de semana”, observou.
Com 30 anos de presença permanente na Antártica, levando empresários e pessoas interessadas em abraçar a aventura, Klink orgulha-se de nunca ter perdido sequer uma unha de um tripulante. Agora, seu desafio é o de lidar com o desejo de sua própria filha de enfrentar a viagem sozinha. Ao pedir a embarcação emprestada, ela recebeu a negativa do pai. “Todo esse percurso levou 30 anos para ser construído. Primeiro você tem que construir seu próprio barco para depois poder velejar e seguir em sua viagem”, recomendou. “No mar, não é possível cortar caminho. E na educação também não é possível. Temos que construir o caminho”, concluiu.
Todas as atrações terão entrada franca.
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