A sequência de palestras teve início na terça-feira, com o doutor em teoria econômica e coordenador do Núcleos de Estudos do Insper Michael França, que abordou a relação da educação com as desigualdades educacionais. Entre os tópicos da fala de França, esteve os vieses pelos quais indivíduos são percebidos, considerando-se raça, gênero e classe social. Conforme o especialista, a extensão desses vieses para a educação faz com que muitas pessoas que sofrem com olhar desigual não possam desenvolver suas potencialidades adequadamente. Neste cenário, evidencia-se o papel do professor – e da escola – na superação das desigualdades.
O evento também contou com palestras com nomes como Tiago Fragoso, analista de políticas públicas da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), Chi Sum Tse, especialista em avaliação educacional e análise do Pisa para Escolas da OCDE, e José Moran, professor da USP e pesquisador de projetos inovadores na educação. Ainda foram realizadas dez oficinas com foco em Inteligência Artificial, robótica e aprendizagem por projetos.
Conforme dados estimados na pesquisa, o RS terá um quadro de 83.783 docentes em atividade em 2040, mas a necessidade dos estudantes exige 94.137 educadores – o que configura um déficit de 10.354 profissionais nas redes pública e privada até 2040.