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A equipe Liga da Diversão, do Contraturno do Sesi de Campo Bom, foi a campeã do Torneio de Robótica First Lego League para equipes do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) realizado na última sexta-feira e sábado em Bento Gonçalves.

O tema Into Orbit (Em órbita) da temporada 2018/2019 movimentou 42 equipes de várias regiões do Estado. O desafio para estudantes de 9 a 16 anos foi pesquisar sobre as questões relacionadas a viver e viajar no espaço. A segunda colocada foi a Aventura Lego, do Contraturno do Sesi de Santa Cruz do Sul, assim como a equipe 007 Legow, que ficou com a terceira colocação. Os três times, juntamente com a Untitled, da Escola Sesi de Ensino Médio de Gravataí, a Grupobóticos Night, do Contraturno do Sesi de Guaporé,  e a Conectados, do Sesi de Campo Bom, irão para a competição nacional, que será realizada no próximo ano, no Rio de Janeiro. Além dessas seis, as equipes Galilegos, do Colégio Santa Inês de Porto Alegre,a Tecnoway, da Rede de Ensino Caminho do Saber, de Caxias do Sul; Androids, do Colégio Coração de Maria, de Esteio;  Ildobótica, da EMEF Governador Ildo Meneghetti, de Porto Alegre; e Just 4Fun, do Colégio Marista Pio XII, de Novo Hamburgo, se classificaram para a etapa nacional na final realizada em Pelotas para times de escolas privadas e públicas.

Aprender se divertindo é o lema das 42 equipes que participaram do evento formadas por até 10 alunos e um técnico. Eles tiveram que pesquisar e desenvolver projetos sobre como auxiliar a vida dos astronautas no espaço e/ou como melhorar a vida na terra com experiências espaciais. Os alunos exploraram temas como foguetes, satélites, comunicação, sobrevivência, aspectos psicológicos de uma viagem espacial e o quanto os astronautas são expostos a situações de estresse. A técnica da Aventura Lego, Renata de Oliveira, explica que está neste projeto há três anos. “Posso ver a evolução das crianças, a questão dos valores, do incentivo à tecnologia e à ciência e a futuras profissões nesta área também. Eu vejo crianças que agora pensam em ser engenheiros e até astronautas. São os sonhos deles”, destacou. A professora de matemática da Escola Sesi de Ensino Médio de Sapucaia do Sul, Rafaeli Pires, técnica da Team Lego Go 3.0, ressalta que, além de unir os alunos e de ensinar a trabalhar em equipe, a robótica trabalha componentes de matemática, de física e de ciências da natureza. “Mesmo às vezes não gostando de matemática, vemos que eles desenvolvem as habilidades e o raciocínio lógico em uma brincadeira. E na verdade é muito mais que isso”, conta.

“A robótica é um diferencial para as crianças porque prepara elas tanto para o mercado de trabalho no futuro, que será bastante tecnológico, quanto  em questões de trabalho em equipe, de relacionamento, de respeitar o tempo do colega. Eles aprendem que às vezes têm que tentar novamente até solucionar os erros. Isto acrescenta muito na vida delas”, afirma a orientadora pedagógica Rosângela Pereira, do Sesi Montenegro. “A robótica mudou a minha vida. Eu comecei a conversar mais, fazer novas amizades, me enturmei mais no colégio. Agora converso com todo mundo”, conta Luiz Henrique Schuh de 11 anos. Luiz, da Liga da Diversão de Campo Bom, diz ter aprendido que o mais importante não é ganhar. “A gente também quer vencer, mas a vitória não compra amigos”.  Outro Luís, o Luís Ricardo de Azeredo, de 16 anos, destaca que aprendeu a trabalhar em equipe. No limite para participar do torneio, ele relata um fato que ocorreu no time Star Labs. “Um colega estava quase rodando, resolvemos dar uns puxões de orelha nele e ajudá-lo a superar os problemas. A robótica me ensinou que, com a ajuda dos outros, eu vou conseguir ir mais longe”.

O Torneio Sesi de Robótica First Lego League é um programa internacional de exploração científica, que promove o ensino de ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática no ambiente escolar e contribui para o desenvolvimento de competências e habilidades comportamentais para a vida. A cada ano o torneio estimula o trabalho colaborativo, a criatividade e traz desafios do mundo real para os alunos. Frantchesca Sperotto, de 10 anos, é do Big Bang Team e diz que na robótica é preciso também ter paciência. “Se montar uma coisa errada, dá tudo errado. Com a programação é a mesma coisa. Às vezes dá certo, mas às vezes dá errado.

Desde 2013, o Sesi é o operador oficial no Brasil do Torneio de Robótica First Lego League. Nesse período, foram quase 17 mil competidores de mais de 1,7 mil escolas públicas e particulares. Atualmente, cerca de 400 escolas do Sesi de ensino fundamental e médio de todo o Brasil contam com o programa no currículo, independentemente da participação no torneio. A competição fortalece a capacidade de inovação, criatividade e raciocínio lógico, inspirando jovens a seguir carreira no ramo da ciência, tecnologia, engenharia, artes e matemática.

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado segunda-feira, 12 de Novembro de 2018 - 0h00

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