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Com torneio no Futur.E, robótica do Sesi-RS estimula pesquisa, criatividade e conexões com a indústria na EJA

Alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do Sesi-RS tiveram um desafio especial no segundo dia do Futur.E, na quinta-feira (2), na sede do Sistema FIERGS, em Porto Alegre. Representando diferentes polos do estado, eles competiram na quarta edição do Torneio de Robótica da EJA, que envolveu missões como fazer os robôs atravessarem pontes, levantarem objetos, darem ré e acionarem sinais sonoros.

Segundo a coordenadora de Tecnologias Educacionais do Sesi-RS, Fernanda Costa Arusievicz, a proposta da robótica na EJA é aproximar a educação do mundo do trabalho, estimulando protagonismo, pesquisa, iniciação científica e aplicação de métodos ágeis. “A cada edição, lançamos um tema para que os alunos construam seus robôs e explorem a criatividade. A experiência de vida deles, muitas vezes trabalhando na indústria, é incorporada no processo de elaboração das soluções”, ressalta.

A equipe Tecnóia, formada pelos alunos de Novo Hamburgo Clever Moraes de Souza, Estefany Moya e Luis Javier Gonzalez Conde, conquistou o primeiro lugar no Desafio. O robô criado por eles conseguiu cumprir boa parte das missões propostas. Além disso, o grupo também levou o 1º lugar em Design do Robô e o 3º lugar na categoria Revelação.

“O prazo foi o maior desafio, mas nos dedicamos muito, foram dias e noites. Acredito que a robótica é ótima para integração em grupo e me inspirou a desenvolver projetos pessoais”, conta Souza, que atua como designer e estilista de calçados em uma fábrica de Novo Hamburgo. 

Estefany e Luis, casal venezuelano que chegou ao Brasil há sete anos, celebraram a conquista – na vida pessoal e no torneio – e ressaltaram o poder da educação. “Com muito trabalho, conquistamos muito em apenas três anos. E vimos que com educação podemos ir ainda mais longe”, disse Estefany. Luis, que pretende cursar técnico industrial ou faculdade de Engenharia de Automação depois de concluído o Ensino Médio na EJA, destaca a importância da experiência no Furur.E: “A robótica é uma forma de testar conhecimentos da indústria. É muito gratificante e emocionante, nos dedicamos muito”. Os dois já trabalharam na indústria gaúcha.

Outro exemplo inspirador foi o de João Vitor dos Reis, borracheiro de Sapiranga, que levou a esposa e as duas filhas pequenas para assistir à apresentação de sua equipe, do polo Parobé. “É uma oportunidade de aprender e abrir novos horizontes. Apesar de a robótica ser desafiadora, os professores sempre tiram nossas dúvidas e nos apoiam”, afirma. Ele também se surpreendeu com a estrutura do Futur.E: “Não imaginava que fosse dessa dimensão”. Sua equipe, E a Camila?, conquistou o 2º lugar na categoria Apresentação.

Publicado sexta-feira, 3 de Outubro de 2025 - 9h09
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