A saúde mental foi o tema principal do segundo dia de programação do Sesi Conecta Saúde, evento on-line, promovido pelo Sesi-RS, que segue até quarta-feira (23).  "Muito além dos compromissos ambientais, embora a agenda seja inegociável, não haverá organização sustentável com pessoas que sofrem", declarou a especialista em felicidade Carla Furtado. Conforme ela, um desenho efetivo de bem-estar começa a partir do centro das organizações e gira essencialmente em torno do propósito. "Qual o impacto positivo que ela gera no mundo? O que ela deseja alcançar? Partimos desse ponto comum, as pessoas se questionam o porquê de irem trabalhar todos os dias e a significação do trabalho tem um valor importantíssimo na promoção da felicidade de quem trabalha", pontuou.

Com estatísticas e resultados de diversos estudos realizados ao redor do mundo, Carla comentou casos emblemáticos sobre os transtornos mentais. Entre os exemplos citados por ela esteve o fato de que o Brasil é o país com maior número de pessoas com diagnóstico de depressão, o que representa 9,3% da população. Segundo ela, é preciso que se fale tanto no âmbito corporativo, quanto no âmbito da educação e da especialização sobre quais são os riscos de não olharmos de maneira muito profunda e responsável para o bem-estar de quem trabalha. A especialista disse ainda que um programa de saúde integral precisa ser um valor nas empresas e deve ser cogerido por todos os líderes. "E para isso eles precisam passar por um processo de educação continuada dentro de uma abordagem sistêmica de bem-estar e sustentabilidade, aí sim teremos cumprido as tarefas fundamentais para inserção daquilo que podemos chamar de promoção da saúde do trabalhador", ressaltou.